Pai de Cristiano Araújo fala sobre a morte do filho na TV

No último domingo (5), o programa ‘A Hora do Faro’ exibiu uma entrevista emocionante com João Reis, pai de Cristiano Araújo. Em nome da gratidão e reconhecimento do carinho dos fãs, ele bateu um papo com Rodrigo Faro e falou sobre a dor de perder um filho, no auge de uma carreira muito promissora e sobre a difícil tarefa de contar a verdade aos netos.

“Minha dor não é a falta dele, não é por ele não estar aqui, não é a saudade. A minha dor é por saber que hoje ele não está fazendo as coisas que ele tanto gostava de fazer, estar com os filhos, jogando sua bola e estar alegrando as pessoas pelo Brasil”, afirmou aos prantos.

Inconformado, João ainda guarda muitos questionamentos consigo. “Não entendo, porque eu vou a todos os shows. Eu estaria em outro carro. Se eu estivesse atrás, eu poderia ter tomado algumas atitudes diferentes. Uma coisa é um pai tomar uma decisão, outra coisa é um amigo, um empresário. Demorou muito pra chegar em Goiânia. E ele foi primeiro pra um hospital que não tinha condições de atender. Me culpo, me culpo muito! Eu quis estar com ele em todos os momentos e no pior eu não estava”, disse.

Além do sofrimento como pai, João sofre como avô. Isso porque Cristiano Araújo deixou dois filhos pequenos, João Gabriel, de 6 anos, e Bernardo, de 2 anos. “Nós contamos para o João Gabriel. Até ligamos para uma psicóloga para saber a melhor forma de falar. Contamos mas ele se fez de desentendido. Na hora de dormir, a mãe dele perguntou se ele queria ir no cemitério ele disse que tudo bem. Porém, em seguida o pequeno perguntou à mãe se o pai iria visitá-lo”, contou.

No dia seguinte, o pequeno acordou e falou: ‘Mãe, vamos mudar os planos? Ao invés de ir no cemitério, vamos ao cinema?’. Para o vô, ele criou uma barreira. Já o mais novo chorou muito e não quis saber da morte do pai. “Trouxe ele aqui na casa do pai dele, subi para o quarto do Cristiano para falar com ele. Mas meio que desabei. Peguei o Bernardo no colo, abracei e chorei por uns três minutos. Ele ficou quietinho. Mas quando fui falar com ele, ele deu um grito forte e começou a chorar muito forte. A mãe dele subiu, não tive como contar”, explicou João.

Ao final da entrevista, ainda muito abalado, ele diz: “Apagaram um sorriso, uma alegria, um brilho. É isso que me faz sofrer. Acho que um pai que perde um filho nunca mais vai ser feliz”.