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Show de violas marca estreia do ‘Tocando em Frente’ em Uberlândia
Projeto traz os ícones Sérgio Reis, Renato Teixeira e Almir Sater dividindo o mesmo palco
12 de jun de 2017 Comentários Por: Fabiana Almeida
Três dos maiores nomes da música caipira desembarcaram em Uberlândia, no último final de semana, para uma apresentação única do projeto ‘Tocando em Frente’. Renato Teixeira, Sérgio Reis e Almir Sater cantaram juntos, no mesmo palco, várias releituras de clássicos que marcaram suas carreiras. O público se emocionou ao som de ‘Romaria’ (canção que abriu e encerrou o show), ‘Trem do Pantanal’, ‘Panela Velha’, ‘O Rei do Gado’, ‘Chalana’, ‘Tocando em Frente’, entre outras tantas parcerias dos artistas.
A ideia da turnê nasceu após o lançamento do primeiro disco de inéditas de Almir Sater em parceria com Renato Teixeira, ‘AR’, que ganhou o prêmio de ‘Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras’ no Grammy Latino em 2016. Algumas canções deste álbum estão no repertório, como ‘Bicho Feio’, ‘Peixe Frito’ e ‘Amor Leva Eu’. Os dois então convidaram para o projeto o amigo Sérgio Reis, que já havia gravado com Renato os discos ‘Amizade Sincera’ e ‘Amizade Sincera II’, em 2010 e 2015.
“Nós somos vizinhos e parceiros há muitos anos. Eu já tinha gravado com o Almir o projeto ‘Pirilampo e Saracura’, com o Renato e os dois também já tinham gravado juntos. Só faltava uma união do trio. Estamos muito felizes com o resultado”, conta Sérgio Reis. O cantor ainda ressalta a facilidade na escolha do repertório: “Temos muitas composições, sempre gravamos as canções uns dos outros, então fica fácil”.
Questionado sobre a possibilidade da gravação de um DVD ‘Tocando em Frente’, Sergião foi categórico: “Nunca, o Almir não deixa fazer”. Aos risos, ele conta que o amigo afirma que ninguém vai querer ficar sentado em frente à televisão vendo o show. Quem quiser assistir ao espetáculo tem que ir prestigiá-los nos teatros e casas noturnas.
Falando em Almir Sater, o músico mostrou todo o talento como multi-instrumentista e deu um verdadeiro show de violas. Ele diz que começou a tocar violão ainda criança e só aos 18 anos conheceu a viola e se apaixonou pelo som e a emoção do instrumento. “Viola pra mim é uma concepção, é o som que expressa a forma de pensar, a essência da música que nasceu no interior. Não tem como ensinar, é a vivência que nos traz essa percepção”, afirma.
O cantor também ressaltou a facilidade de fazer música quando se está entre amigos. Segundo ele, o trio se sente muito a vontade e não há medo de errar, porque sabem que não serão julgados. O sertanejo ainda ressalta que as ponderações acontecem de forma natural e os palpites são mais sinceros. E claro, toda essa intimidade transparece no palco.
Ao final do bate papo, Almir ainda analisa as novas tendências e rumos do gênero sertanejo. “Acredito que música tem que emocionar, tem que ter arte. Se tiver arte ela perpetua, quando não tem, é somente algo passageiro. Se você faz uma canção que emociona alguém, é válido, o artista cumpriu o seu papel. Não vou julgar ninguém”, finaliza.
Fotos: Luciana Santos
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