Após vários dias de promoção e inúmeras cartas, chegou o dia de conhecer o grande vencedor da promoção ‘Paranaíba FM faz o meu noivado’. O ouvinte que vai ganhar um par de alianças de até dois mil reais, um jantar de noivado em um restaurante reservado para até dez pessoas, com direito a bolo de noivado e chegada de limusine e uma suíte master, com champagne em um mega hotel da cidade é o Marcelo de Paula Silveira.

Nós da Paranaíba FM agradecemos a todos que participaram e enviaram suas histórias. Fique ligado em nossos promoções e cadastre-se sempre. 

Abaixo, você confere a carta emocionante de Marcelo na íntegra:

“Olá pessoal da Paranaíba FM. Meu nome é Marcelo, tenho 32 anos. E venho aqui contar um pouco da minha historia. Eu era casado até um ano e cinco meses atrás. Tinha um relacionamento de quase onze anos. Tenho uma filha de 3 anos deste relacionamento. Em novembro de 2012 algo que nunca imaginava em minha vida veio acontecer. O falecimento repentino da minha esposa. Ela passou mal por uma semana, clamando de dores abdominais e coração disparado. Ai na no final de semana, na sexta decidiu ir em uma unidade de atendimento aqui da cidade. E neste mesmo dia havíamos combinado uma viagem com alguns amigos para a cidade de Caldas. Ela saiu cedo de moto e eu fiquei dormindo com minha filha. Acordei, cuidei da minha filha e era já meio dia e nada dela voltar do hospital. Assim depois de um tempo me ligou informando que iria demorar um pouco pois o médico havia chegado aquela hora e já já seria atendida. Eu nervoso disse a ela pra vir embora que essas UAIS não atendem, preferem deixar as pessoas lá aguardando como senão precisassem. Mas ai ela desligou e eu continuei aguardando. Passou algumas horas já era mais tarde, nesse momento já havia desistido da viagem pois os nossos amigos já tinham ido. Ela me liga novamente e me diz que já havia sido atendida e logo o médico passaria uma medicação e iria embora. Assim se passou mais algumas horas e nada dela chegar. Já no fim da tarde eles me ligaram da UAI pedindo que eu fosse lá que precisariam que levasse algumas roupas para ela que ficaria internada. Peguei as roupas deixei minha filha com minha sogra e fui lá. Chegando fui informado que ela teve uma convulsão mas já estava estável mas iria ficar em observação. Perguntei se iria precisar que eu ficasse lá e disseram que não. Então peguei a moto dela que estava lá e fui levar pra casa. Neste meio tempo me ligaram novamente do hospital solicitando que voltasse pois precisariam conversar comigo novamente. Neste momento já pensei algo aconteceu de grave. Chegando lá me levaram para uma salinha e pediram pra aguardar um médico. Ai chegou um médico me interrogando perguntando meu grau de parentesco com ela. Respondi. Assim começou a me contar tudo que havia acontecido até aquele momento. Ai ele me disse que ela havia tido outra convulsão mas não conseguiram restabelecer e que tiveram de entubá-la. Eu naquele momento fiquei sem sabe o que fazer, falar, agir… Perguntei o que precisaria fazer. Ele me disse que não teria como ficar lá. Ai disse então vou em casa avisar o pessoal da família dela. Voltei pra casa anestesiado sem saber o que fazer. Falei com a mãe. Ela apavorou mas disse que poderíamos ir visitá-la a noite. Chegando no hospital, eu como não gosto, disse que não queria vê la. Mas algo me tocou pra ir lá. Tomei coragem e fui. Chegando lá me assustei, muitos aparelhos em volta, ela toda entubada com o olhos entreabertos. Sem reação a nenhum estímulo. E nesse momento encostei nela e senti a pele gelada. Assustei e perguntei a enfermeira se ela poderia estar com frio. Nesse momento veio em mim que algo não iria ficar bem. Me abaixei próximo ao ouvido dela e disse que eu estava lá e que estava tudo bem com a Isa nossa filha. Foi quando vi o corpo dela se arrepiando. Acredito que ela sentiu algo. Assim a enfermeira pediu pra sair. Sai dali nem sei como explicar o que estava sentindo. Fomos embora pois não poderia ficar lá. Nessa noite pensei que iria ficar a noite inteira acordado, mas orei e pedi a Deus que fizesse a sua vontade, depois adormeci. Às 4 da manha acordei com o meu celular tocando. Quando atendi era da Uai solicitando nossa presença. Juro que senti o pior. Chamei meus pais que estavam comigo e fomos. Vocês podem não acreditar mas quando sai na rua havia um silêncio absoluto, nem o grilos faziam barulho fomos até lá, nenhum carro na rua, nenhuma pessoa. Chegando, entramos e uma médica nos atendeu e nos deu a notícia: que ela havia falecido. Ficamos sem chão. Minha mãe discutindo com a médica e eu no silêncio tentando compreender uma situação pela qual nunca havia passado. Chamei minha mãe e meu pai e fomos embora avisar a mãe dela. Ninguém acreditava que uma menina de 31 anos nova, com uma filhinha de 1 ano e 11 meses falecera. E assim aconteceu e assim foi escrito por Deus. Eu naquele momento estava num mundo desconhecido. Não sabia o que sentir, tentava imaginar como ia ser dali pra frente…. E agora vamos na parte melhor da história. Passados alguns meses resolvi aceitar o que havia acontecido e bola pra frente. Nada que fizesse iria mudar a situação. Voltei pra casa dos meus pais. E minha mãe como cuidou de mim e da minha irmã foi presenteada com mais uma filha só que já com dois anos de idade. E assim ela virou avó mãe. Comecei a viver minha vida. Comecei sair com algumas mulheres. Mas depois de tanto tempo todo atrapalhado desanimei. Pois só encontrava pessoas interesseiras, sem compromisso com a vida. Sem perspectiva de futuro. Me vi novamente sem chão. E num belo dia eu frequentava muito a casa de um funcionário meu. E ele tinha a esposa dele na qual eu contava minha vida pra ela que não encontrava ninguém com as mesmas vontades, com o mesmo compromisso de levar o relacionamento a sério. Ela já não aguentando mais eu reclamar da vida rsssssss….. me disse que no trabalho dela havia uma pessoa que daria certinho comigo. Eu todo curioso perguntei: quem? Ela me falou o nome dela DAYANE. Vulgo JAPONESA kkkkk ela vai me matar mas tudo bem e por uma boa causa… Ela continuou falando que ela não estava namorando, que também procurava alguém que compensaria a namorar sério. Ai eu disse fala com ela de mim. Beleza. Passado alguns dias eu toquei no assunto com ela: “E ai falou com ela?”. E ela falava: “Calma vai dar certo. Continue a vida”. Saindo com pessoas erradas que nunca deveria ter perdido meu tempo com elas. Estava já desanimado. Num belo dia estava lá e comentei com ela. E ai falou com ela? – Ela foi e me disse que já havia falado com ela só que minha amiga não me contou o outro lado da história. Minha amiga me contou que havia comentado com ela sobre minha história. E ela ficou toda surpresa com todos acontecimentos tristes. E depois de um tempo, ela também desanimada com os desencontros da vida, comentou de mim, que iria me apresentar a ela. Que iríamos dar certo pois procurávamos as mesma coisas. Mas ela disse: NÃO. Minha amiga foi e pergunto porque? Disse que não queria e como uma pessoa perde alguém com tão pouco tempo, uma esposa, e já está procurando relacionamento sério. Minha amiga me dizia que toda vez que comentava de mim ela fugia do assunto como o diabo foge da cruz. Não conseguia entender que já queria relacionamento sério com alguém. Ela pensava que eu queria apenas alguém pra esquecer do meu passado e depois que estivesse bem largaria. Mas eu não desistia passava mais um tempo eu perguntava da DAYANE. “E ai falou com ela de novo?”. Ela falava: “Calma Marcelo. Tudo tem seu tempo”. Num belo dia fui até a casa desta amiga minha novamente e perguntei sobre a Dayane. Pedi para ela me passar o Whatzap. Fiquei aguardando e aos poucos em minha mente atiçou uma curiosidade de conhecê-la. E cada dia ela falava de mim pra Dayane e vice versa. Até que um dia ela não aguentava mais ouvir falar de mim e resolveu passar o Whats pra mim e pediu que eu falasse com ela. E neste mesmo dia fui a casa da minha amiga e ela me disse tenho um ótima noticia pra você: Adivinha. E eu ansioso já pensei que era algo sobre a Dayane. E ela me falou: “Está aqui o número dela. Ela autorizou eu lhe passar”. Neste momento cai na real e pensei: já ligo ou espero. Acabei esperando, não tive coragem de ligar ou falar no Whats. Mas dia 21 de janeiro de 2014 eu tive coragem de conversar com ela. Nos falamos por uma semana e no sábado disse que queria conhecê-la pessoalmente. Foi um dia muito diferente, me senti igual adolescente. Frio na barriga, gastrite, etc… Assim aconteceu. Começamos a sair e nos falar mais e mais até que resolvemos namorar. Neste meio tempo coisas terríveis aconteceram. Em setembro de 2014 minha mãe recebeu uma notícia que entristeceu nossa família. Ela recebeu diagnóstico de câncer. E como ela que me ajudava a olhar minha filha teve de ser internada no hospital do câncer e eu novamente me vi sem chão. Minha filha muita apegada a minha mãe começou a dar trabalho pois chamava muito ela. Minha mãe ficou quatro meses internada e faleceu no dia 19 de fevereiro deste ano. Primeiro a morte da minha esposa e depois de um ano e alguns meses minha mãe. Difícil encontrar forças pra prosseguir. Mas como Deus sempre está olhando por minha vida, tive o apoio de minha namorada Dayane, que esteve sempre do meu lado me ajudando, me dando forças e me orientando. Companheira, parceira de todas as horas. Estar ao lado de alguém com uma filha, e ela solteira já recebendo uma criança com dois anos. Coitada, perdida se esforçando ao máximo pra me ajudar a criá-la. Amo essa mulher. Que em pouco tempo me mostrou novas rotas pra eu ser feliz novamente. Me mostrou novos horizontes e queremos continuar essa caminhada juntos. Hoje posso dizer que depois dessas tempestades estamos de pé. Querendo continuar a vida e sermos felizes muito felizes. Não tenho palavras pra descrever o tanto que ela me incentivou e me ajudou nestes momentos. E não desistiu. Por isso acredito que nosso relacionamento e algo divino. E queremos dar um passo mais adiante. Por isso, pessoal ai da Paranaíba FM, precisamos ganhar essa promoção. Queremos uma ajudinha de vocês pra facilitar um pouco nossas vidas. Chega de momentos tristes. Agora e bola pra frente. Espero que gostem da minha história. Tive de resumir um pouco. Obrigado pela oportunidade. Marcelo de Paula Silveira”.